As vacinas contêm uma pequena porção de organismos mortos ou vivos. Estes desencadeiam uma resposta por parte do sistema imunitário de modo a proteger o animal contra infecções subsequentes, através de um processo que se chama imunização. Na aquisição da imunidade, o animal produz anticorpos para neutralizar ou destruir os agentes infecciosos ou as toxinas. No entanto, o animal pode não ganhar imunidade contra o que foi vacinado, se não reunir uma série de requisitos – por isso é tão importante o check-up antes da administração da vacina! A vacinação só deve ser realizada em animais saudáveis. A imunidade que a mãe transmite aos cachorros também interfere, podendo bloquear a capacidade do cachorro de produzir anticorpos. É este o motivo pelo qual há idades específicas para vacinar.
As vacinas são seguras?
As vacinas só são colocadas no mercado pelos Laboratórios que as produzem, depois de serem testadas por organismos oficiais (DGAV) que lhes atribuem a Autorização de Introdução no Mercado (AIM). No entanto, pode ocorrer que, após a vacina, o seu animal sofra de alguns efeitos secundários passageiros como perda de apetite, febre ligeira e apatia. As reacções adversas graves são raras.
Quem pode administrar vacinas?
Em Portugal, a legislação obriga a que seja um Médico Veterinário a administrar a vacina. Só os Médicos Veterinários têm a formação adequada para avaliar cada animal, perceber se está fisicamente apto a ser vacinado, selecionar as vacinas adequadas a cada caso e a melhor altura para a sua administração. Em conjunto com o proprietário, o Médico Veterinário elabora então um plano vacinal personalizado, que leva em consideração a idade, o estado de saúde e o estilo de vida de cada animal, e calendariza a administração das vacinas ao longo do ano.
Quantas vezes o meu cão tem de ser vacinado? E contra o quê?
De acordo com as mais recentes diretrizes, enquanto cachorros, deverão ser vacinados a partir das 8 semanas contra a esgana (D), a parvovirose (P) e a hepatite infecciosa canina (H). Deverão realizar 2 reforços, com 3 a 4 semanas de intervalo. Juntamente com o último reforço DHP, deverão levar a 1ª dose contra a leptospirose (L) e fazer uma 2ª dose após 3 a 4 semanas. A vacina da raiva (obrigatória em Portugal) pode ser administrada a partir dos 3 meses. Em conformidade com os últimos estudos, os cães necessitam de um reforço vacinal passado um ano da última dose de DHP e L e, subsequentemente, de 3 – 3 anos para DHP. A Leptospirose necessita de reforço a cada 6 – 12 meses e a raiva a cada 1 – 3 anos. A imposição da Lei portuguesa foi alterada e a validade da vacina varia de acordo com o Laboratório que a produz.
E o meu gato?
Enquanto gatinhos, deverão ser vacinados a partir das 8 semanas contra o calicivírus felino (C), o vírus da panleucopénia felina (P) e o herpesvírus felino (R). Deverão realizar 2 reforços, com 3 a 4 semanas de intervalo. Juntamente com o último reforço CRP, deverão realizar o rastreio dos vírus FIV e FeLV. Se forem negativos para o FeLV e se tiverem acesso à rua, os gatos deverão ser vacinados contra esta doença e fazer um reforço 3 a 4 semanas depois. A vacina da raiva, que não é obrigatória para gatos em Portugal, pode ser administrada a partir dos 3 meses de idade. Em conformidade com os últimos estudos, os gatos necessitam de um reforço vacinal passado um ano da última dose de CRP e FeLV e, subsequentemente, de 3 – 3 anos. A imposição da Lei portuguesa foi alterada e a validade da vacina varia de acordo com o Laboratório que a produz.
As queixas de problemas urinários em gatos são bastante comuns.
Muitas vezes os donos relatam que o seu gato está a ter dificuldade em urinar, que mia muito quando vai à caixinha de areia ou que está a urinar em locais estranhos.
A causa mais comum de Doença do Trato Urinário Inferior Felino é uma inflamação da bexiga e da uretra, sem motivo aparente, a que chamamos cistite idiopática.
Geralmente, quando se trata desta situação o cenário não é muito preocupante. No entanto, existem outras causas possíveis para esta condição, bastante sérias e que devem ser motivo de preocupação. Gatos de qualquer idade, raça ou género podem ser afectados. No entanto, a doença é mais comum em gatos machos, de meia idade, sem acesso ao exterior, com excesso de peso e que são alimentados com ração seca.
Sempre que o seu gato manifestar alterações na maneira ou frequência com que urina, procure aconselhar-se com o seu médico veterinário sobre a possível causa para essa mudança e medidas a adoptar.
O tratamento terá sempre de ser orientado à causa da doença e geralmente envolve medicação, alteração da dieta e perda de peso, o aumento do consumo de água e enriquecimento do ambiente, de forma a eliminar stress (como por exemplo, aumentar o número de caixas de areia e fornecer brinquedos).
Na eventualidade do gato simplesmente não urinar, trata-se de uma emergência e deve dirigir-se ao hospital sem demora.
É um processo inflamatório da bexiga urinária, de causa desconhecida (idiopática) e que representa mais da metade dos problemas do trato urinário inferior dos gatos.
Causas predisponentes
A maioria dos gatos com cistite idiopática tem entre dois e seis anos de idade. Um estudo revela que gatos obesos, de raça pura e que sob condições de estresse são mais suscetíveis à doença. Além disso, animais que se alimentam exclusivamente de ração seca são mais acometidos também.
O stress, independente da causa, causa alterações no sistema imunológico, neurológico, endócrino e vascular.
Gatos que moram em casas com superpopulação de gatos e/ou que não possuem uma caixa de areia sempre limpa e bem localizada também podem ser predispostos para este problema.
Diagnóstico diferencial
Existem outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes e serem facilmente confundidas. As mais comuns são, infeções urinárias, cálculos urinários que se podem alojar na uretra, tumores, entre outras.
Prevenção
Garantir um adequado consumo de água é muito importante, os gatos devem ter acesso continuo a água limpa, existem também no mercado “fontes” elétricas que por manterem a água em movimento estimulam um maior consumo de água.
Hoje em dia estudos já demonstraram que parte da alimentação deve ser húmida (“latinhas”). Deve evitar-se no entanto produtos de qualidade inferior que podem conduzir a outras causas de problemas urinários, como cálculos vesicais.
Mantenha a caixinha de areia sempre limpa e em local reservado. É aconselhável também ter mais do que uma caixa de areia para o seu gato, se tiver mais do que um este cuidado é ainda mais importante.
Evite mudanças bruscas na rotina
O meio onde o seu gato vive deve ser enriquecido, tendo à disposição brinquedos, arranhadores, “poleiros” para poderem estar à janela, se necessário recorrer a difusores de hormonas, entre outras medidas, de modo a manter a “mente” deles ocupada.