Cirurgias veterinárias – o que precisa de saber!

Cirurgias veterinárias – o que precisa de saber!

O que ter em atenção quando o seu animal tem que ser sujeito a uma cirurgia?

No que toca a esta área tão especial e especializada da profissão médico-veterinária é necessário que os tutores saibam avaliar se as condições físicas e humanas existentes se coadunam com o grau de especialização que a situação requer. Há situações em que o facto de as coisas correrem menos bem, levam a comparações injustas entre profissionais e estruturas clínicas/hospitalares.

Cremos ser importante que os nossos clientes tenham toda a informação possível, de forma clara, de modo a poderem fazer as escolhas de forma correta e a conseguirem avaliar com exatidão os riscos e benefícios das suas decisões.

Desenvolvemos este documento de modo a alertar para os passos que achamos devem ser tidos em conta e à explicação dos mesmos, de modo a poderem fazer a escolha correta na altura da decisão. Para isso, explicamos os protocolos existentes no Hospital Veterinário do Atlântico que podem ser utilizados como termo de comparação.

1. Consulta de pré-cirurgia: 

Nesta consulta o animal é sujeito a um exame clínico de modo a avaliar a sua condição física bem como, muitas vezes, identificar problemas que possam acarretar risco para o animal caso seja sujeito a uma anestesia.
Nesta consulta são ainda esclarecidas quaisquer dúvidas que os proprietários possa ter relativamente aos riscos, benefícios e prognóstico da cirurgia.
É ainda nesta consulta que é feita a programação da cirurgia da forma mais conveniente para o dono mas tendo sempre em conta o bem-estar do seu animal. No HVA procedemos à elaboração de uma estimativa de custos para a cirurgia e em que podem ser esclarecidos todos os detalhes da mesma antes de avançarmos com o procedimento.

2. Exames pré-cirúrgicos

na consulta pré-cirúrgica, tendo em conta o historial do animal e o exame, pode ser recomendável proceder a alguns exames. Também na medicina humana mandam as boas práticas que se proceda a alguns exames de rotina (Ex: hemograma, bioquímicas, eletrocardiograma, radiografias ao tórax, etc.). No HVA temos todos os meios disponíveis para proceder a estes exames em tempo útil melhorando, deste modo a segurança do procedimento cirúrgico.

3. Cirurgia

Sabia que num consultório veterinário apenas pode ser feita “pequena cirurgia, sendo consideradas as intervenções que apenas necessitam de tranquilização ou analgesia” (a maioria requer anestesia geral) ou caso se proceda a outro tipo de procedimentos cirúrgicos “tem que possuir sala de cirurgia independente”- Decreto Lei nº184/2009.
Todas as cirurgias que não obedeçam a estas condições terão que ser feitas em clínicas e/ou hospitais equipados para esse fim. Estas regras têm como base garantir os melhores cuidados para o seu animal e o bom serviço ao cliente. É fácil perceber que um procedimento cirúrgico não pode ser feito em cima da mesa onde minutos antes e esteve a fazer a limpeza de uma ferida infetada.

  • No HVA temos uma sala destinada exclusivamente a este fim, sala equipada com sistemas de filtração de ar equivalentes aos de muitos hospitais de medicina humana.
  • No HVA todo o material utilizado (instrumental cirúrgico, compressas, luvas, etc.) é esterilizado de acordo com as normas de segurança de clínicas de medicina humana.
  • Quer o cirurgião quer os “circulantes” encontram-se protegidos com batas esterilizadas, toucas de cabeça, máscaras cirúrgicas de modo a minimizar os riscos de contaminação.
  • Todo o animal sujeito a anestesia geral é sujeito a monitorização em tempo real, recorrendo a equipamentos especiais para esse fim, para a frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial, temperatura corporal, PCo2 entre outros parâmetros.

4. Anestesia

Existem diferentes tipos de procedimentos anestésicos mas podem incluir-se de forma lata, em duas categorias principais:

  • Anestesia fixa: neste caso serão administrados drogas anestésicas ao seu animal, numa dose adequada ao peso e à idade. Neste tipo de anestesia trabalha-se com base numa “previsão de tempo anestésico” para cada tipo de protocolo anestésico utilizado. As vantagens são o baixo custo para o dono e a facilidade de administração das mesmas para o médico veterinário. Na nossa opinião as desvantagens são um baixo controlo do plano anestésico e o risco de, caso alguma coisa corra mal, como prolongar em segurança a anestesia do seu animal?!
  • Anestesia volátil: é o tipo de cirurgia utilizada no HVA, neste caso a “indução” da anestesia é feita com drogas anestésicas mas, a manutenção da anestesia é feita recorrendo a uma mistura de oxigénio (grau de pureza superior a 90%) com um gás anestésico. Vantagens: menor tempo para “acordar” da anestesia, menos drogas a serem metabolizadas (principalmente nos rins e fígado-importante para animais mais velhos) e acima de tudo uma grande segurança no controlo do plano anestésico pois, recorrendo à monitorização dos parâmetros mencionados anteriormente, o MV pode prolongar, “aprofundando ou aligeirando” o plano anestésico, o tempo de anestesia do seu animal de estimaçãoem segurança.

5. Sutura

No Hospital Veterinário do Atlântico são utilizados fios de sutura da reputada marca BRAUN, muito utilizada na medicina humana, estes fios são de alta qualidade, embalados e esterilizados individualmente e não reaproveitados uma vez abertos. Deste modo garantimos o mínimo de complicações e riscos de infeção das suturas.

6. Recobro 

No HVA recomendamos sempre que o animal permaneça nas nossas instalações até estar completamente em segurança para voltar ao seu ambiente familiar.

7. Pós-cirúrgico

Recomendamos sempre uma reavaliação do animal e da sutura cerca de 3 dias depois da cirurgia para confirmarmos a boa evolução do pós-operatório (esta consulta, por norma, não é cobrada).

Se fosse para si, como gostava que fossem os procedimentos?!

Esperamos que este guia possa ajudar a contribuir para esclarecer algumas dúvidas que surgem aos nossos clientes na altura da cirurgia e contribuir para uma melhor prática da medicina veterinária.


Informe-se sempre junto do seu Médico Veterinário acerca dos procedimentos adotados antes de qualquer cirurgia. Se estiver de “boa-fé”, terá todo o gosto em esclarecê-lo e tranquilizá-lo antes de um procedimento tão importante com tantas implicações na saúde e bem-estar do seu animal de estimação.

Cistite idiopática felina

Cistite idiopática felina

É um processo inflamatório da bexiga urinária, de causa desconhecida (idiopática) e que representa mais da metade dos problemas do trato urinário inferior dos gatos.

Causas predisponentes

A maioria dos gatos com cistite idiopática tem entre dois e seis anos de idade. Um estudo revela que gatos obesos, de raça pura e que sob condições de estresse são mais suscetíveis à doença. Além disso, animais que se alimentam exclusivamente de ração seca são mais acometidos também.

O stress, independente da causa, causa alterações no sistema imunológico, neurológico, endócrino e vascular.

Gatos que moram em casas com superpopulação de gatos e/ou que não possuem uma caixa de areia sempre limpa e bem localizada também podem ser predispostos  para este problema.

Diagnóstico diferencial

Existem outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes e serem facilmente confundidas. As mais comuns são, infeções urinárias, cálculos urinários que se podem alojar na uretra, tumores, entre outras.

Prevenção

Garantir um adequado consumo de água é muito importante, os gatos devem ter acesso continuo a água limpa, existem também no mercado “fontes” elétricas que por manterem a água em movimento estimulam um maior consumo de água.

Hoje em dia estudos já demonstraram que parte da alimentação deve ser húmida (“latinhas”). Deve evitar-se no entanto produtos de qualidade inferior que podem conduzir a outras causas de problemas urinários, como cálculos vesicais.

Mantenha a caixinha de areia sempre limpa e em local reservado. É aconselhável também ter mais do que uma caixa de areia para o seu gato, se tiver mais do que um este cuidado é ainda mais importante.

Evite mudanças bruscas na rotina

O meio onde o seu gato vive deve ser enriquecido, tendo à disposição brinquedos, arranhadores, “poleiros” para poderem estar à janela, se necessário recorrer a difusores de hormonas, entre outras medidas, de modo a manter a “mente” deles ocupada.

Obesidade nos Animais de Estimação

Obesidade nos Animais de Estimação

Ajude o seu animal de companhia a perder peso de forma saudável

Estima-se que cerca de 50% dos cães e gatos adultos apresentem excesso de peso. A obesidade define-se como uma excessiva acumulação de gordura no corpo. Quando o peso corporal é superior a 15-20%, comparado com o peso normal, considera-se que o animal está obeso.

gato obeso em posição sentada limpando-se


Embora algumas raças de cães apresentem alguma predisposição para o excesso de peso, como por exemplo, o Labrador Retriever, o Cocker Spaniel e o Beagle (no caso dos gatos não existem ainda dados disponíveis no que refere a raças), outros fatores podem ser também responsáveis:
• Alimentação em excesso
• Alimentos com elevado nível de gordura
• Ausência de exercício físico
• Distúrbios hormonais

Perigos do excesso de peso

Os perigos do excesso de peso são muito graves e incluem:
• Problemas articulares,
• Diabetes Mellitus,
• Doenças cardíacas e pulmonares,
• Aumento do risco em caso de cirurgia.

Como saber se o cão/gato apresenta excesso de peso?

Enquanto ganhar apenas alguns quilos possa não ter muita diferença para os seres humanos, para um cão ou gato com um tamanho corporal comparativamente mais pequeno, apenas alguns quilos extra resultarão num elevado stress para as articulações e órgãos internos (principalmente o coração).
Se não consegue sentir as costelas do seu cão/gato, se a sua cintura não está evidente, se verifica que se desloca de forma lenta e se cansa rapidamente, ou ainda, se dorme muito, deverá contactar o Médico Veterinário para que rapidamente se inicie um programa de perda de peso.

 A obesidade deve ser encarada como uma doença?

Sim. A obesidade constitui um verdadeiro estado patológico na medida em que é responsável pela diminuição das capacidades físicas do animal e por doenças associadas. Para além disso, trata-se de uma situação não reversível de forma espontânea, uma vez que o animal, por si só, é incapaz de reduzir a ingestão alimentar. Por isso, é muito importante a sensibilização precoce dos donos de cães com excesso de peso ou obesos.

A utilização inadequada dos alimentos favorece a obesidade?

Sim. Os alimentos incorretamente utilizados como recompensa podem estimular alterações no comportamento alimentar do animal, de acordo com o esquema de reforço. Por exemplo: o cão ladra quando o telefone toca. O dono dá-lhe alimentos para que deixe de ladrar. Ao recompensar o comportamento indesejável, estará a incentivar o cão a ladrar de novo para obter outra recompensa alimentar. Deste modo, alguns donos chegam a administrar quantidades excessivas de alimentos, o que provoca a obesidade dos animais.
A obesidade é atualmente a doença nutricional mais frequente em cães e gatos. As suas consequências podem ser graves, e há também uma redução na esperança de vida do seu amigo!

Aconselhe-se junto do Médico Veterinário que ajudará o seu animal de estimação a perder peso de forma segura e eficaz, com um efeito duradouro!!

Os passeios de Verão: benefícios e alertas

Os passeios de Verão: benefícios e alertas

Quem tem um amigo de quatro patas sabe que passear com ele é muito mais do que levá-lo a fazer as necessidades básicas. Existem várias vantagens associadas aos passeios diários de rotina que beneficiam não só o animal como também você e a sua família. Vamos conhecê-los?

Benefícios dos passeios

– o cão faz as necessidades na rua e a sua casa permanece limpa e livre de odores;
– o animal mantém a forma física e exercita as articulações, evitando a obesidade;
– várias saídas ao dia reforça a atividade mental e emocional, o que fortalece os laços entre vocês;
– exercita o olfato, que apesar de ser o sentido mais agudo dos cães pode ficar atrofiado;
– potencia a socialização com outros animais e humanos mitigando a agressividade e depressão;
– promove o conhecimento da envolvente em seu redor (ruídos e odores), deixando-o mais familiarizado e tranquilo.

Apesar dos reconhecidos benefícios associados a dar uns bons passeios com o seu animal há algumas questões que deve ter em conta para assegurar que corre tudo bem para si e para ele.

Problemas mais frequentes associados aos passeios

– Cortes e/ou lacerações;
– Penetração de corpos estranhos (espinhos e praganas);
– Ingestão de corpos estranhos, tóxicos ou alimentos indevidos;
– Contato com agentes urticantes (plantas e sapos);
– Infestação por parasitas internos;
– Infestação por parasitas externos (pulgas, carraças e piolhos);
– Picadas de agentes potencialmente vetores de doenças (mosquitos),
– Golpes de calor.

Sugestões para minimizar os problemas

– Após o passeio verifique se o animal tem algum tipo de corte ou laceração, principalmente nas zonas das patas, focinho e barriga;
– Nas mesmas zonas, verifique também a possível adesão ou penetração de corpos estranhos (particularmente em animais de pelo comprido). Tenha ainda particular atenção aos ouvidos;
– Passeie o animal sempre à trela e, se necessário, utilize o açaime para evitar ingestão indevida de qualquer agente que possa provocar danos;
– Se o animal mostrar comichão e vermelhidão em alguma zona pode ser sinal que contatou com algum agente urticante e deve visitar de imediato o seu médico-veterinário;
– Mantenha sempre o esquema de desparasitação interna atualizado (contra as nematodes, cestodes, entre outros), no Verão e no Inverno, seguindo as instruções recomendadas pelo médico-veterinário. O Hospital Veterinário do Atlântico recomenda a desparasitação interna de animais adultos saudáveis pelo menos de 3 em 3 meses;
– Esta informação é igualmente válida para a desparasitação externa. Hoje em dias existem vários produtos disponíveis entre as quais pipetas, comprimidos e coleiras. Contudo, escolha um desparasitante externo que tenha ação repelente aos mosquitos e considere seriamente vacinar o seu animal contra a leishmaniose;
– Faça pausas frequentes e leve sempre água para o animal beber (adquira um bebedouro portátil e tenha-o sempre à mão). Evite as horas de maior calor!

Assegure estes cuidados e desfrute da companhia do seu animal em belos e seguros passeios de Verão.

Proteja o seu cão no Verão: o “Golpe de Calor” pode matar

Proteja o seu cão no Verão: o “Golpe de Calor” pode matar

O Verão caracteriza-se como uma época de férias para muitos portugueses, que dispõem de mais tempo livre para dedicar aos seus animais de estimação: fazemos passeios de rotina mais longos e levamo-los para todo o lado, inclusive em viagens longas. Contudo, apesar de tudo isto parecer normal, é essencial ter cuidados redobrados e agir preventivamente para evitar complicações tanto para si como para o seu animal.

Segundo o The Independent, mesmo com uma temperatura exterior de 22º C, o interior do seu carro pode atingir os 47ºC no espaço de uma hora. Deixar a janela um pouco aberta não é suficiente para garantir que o seu cão não irá sofrer ao ficar preso naquele espaço, sujeito ao calor por uma ou mais horas. Lembre-se que o calor não é o melhor amigo do seu cão.

Os números demonstram que, nos cães que são sujeitos ao golpe de calor, a morte ocorre dentro das primeiras 24 horas sendo portanto fundamental a sua rápida atenção e intervenção.

O que é?

O Golpe de Calor é uma reação que ocorre quando a temperatura corporal sobe bruscamente e o organismo é incapaz de compensá-la, resultando na disfunção de diversos órgãos, o que pode levar à morte do animal. Ao contrário de nós, os cães não transpiram tendo por isso uma maior necessidade de se abrigar do calor para controlar a sua temperatura. Na impossibilidade de encontrarem superfícies frias ou sombras, o cão aumenta a ventilação pulmonar e fica com a respiração ofegante. Mas, infelizmente, este mecanismo de arrefecimento é muito menos eficaz que a transpiração.

Os principais sintomas são

  • respiração muito ofegante e salivação excessiva;
  • batimento cardíaco acelerado;
  • pele muito quente e temperatura retal elevada;
  • ocorrência de vómitos e diarreia;
  • poderão apresentar descoordenação e fraqueza muscular, podendo inclusive cambalear, ter convulsões e até perder a consciência.

Todos os cães podem sofrer um golpe de calor mas existem grupos de risco

  • cães jovens (até aos 12 meses de idade);
  • cães geriátricos (ou idosos – com mais de 8 anos);
  • cães braquicéfalos (com o focinho achatado), de entre os quais as raças Bulldog Francês, Bulldog Inglês, Boston Terrier e Boxer;
  • cães obesos;
  • cães de pelo comprido ou muito espesso;
  • cães com problemas cardíacos, vasculares ou respiratórios.

Precauções e cuidados básicos

  • manter sempre água limpa e fresca à disposição;
  • manter a circulação do ar no local onde ele se encontre, seja em casa, varanda ou no carro (nunca trancá-lo em áreas quentes e fechadas);
  • garantir sempre a existência de uma sombra no local de permanência do animal;
  • adquirir tapetes refrescantes de combate ao calor;
  • nunca deixar o animal sozinho dentro do carro;
  • não praticar exercício intenso durante as horas de maior calor (cuidado também com as queimaduras nas patas);
  • em viagem, manter as janelas um pouco abertas ou o ar condicionado ligado e fazer paragens de duas em duas horas para lhe oferecer água fresca.

Apesar de tudo, se o seu cão sofrer um golpe de calor deverá dirigir-se IMEDIATAMENTE a um médico veterinário. Lembre-se que um golpe de calor é uma urgência médica que, se não for controlada a tempo, pode ser fatal para o seu animal.

Enquanto não chega ao veterinário deverá

  • molhar todo o corpo do animal com água fria para baixar a sua temperatura corporal. Não utilize água gelada;
  • embrulhar o animal em toalhas húmidas, que devem ser molhadas aos poucos;
  • oferecer água e humedecer a boca do animal, sem força-lo a beber, e sem deixar que beba em excesso;
  • na viagem, ligue o ar condicionado no máximo ou leve os vidros do carro todos abertos (não o coloque na transportadora).
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Mais Vale Prevenir

Mais Vale Prevenir

Na medicina veterinária, à semelhança do que acontece na medicina humana, podemos e devemos apostar na prevenção. Nomeadamente, ter o cuidado de seguir os conselhos acerca de profilaxias que visam manter saudáveis os nossos animais de companhia de forma rápida, segura e eficaz.

Vacinar e Desparasitar

vacinação e a desparasitação são ferramentas de fácil acesso e pouco dispendiosas que temos à nossa disposição para protegermos os nossos companheiros. Com o aumento da população de animais errantes (encontrados na via pública) e da densidade animal, tanto em cidades como em meios rurais, a disseminação de doenças é cada vez maior. Desta forma, a prevenção é a única forma de travarmos o seu avanço e proliferação.

Ao termos a vacinação e desparasitação dos nossos patudos em dia estamos a evitar que alguns agentes zoonóticos os infetem. As zoonoses são doenças que têm origem em diferentes organismos como bactérias ou parasitas que podem prejudicar tanto a saúde dos animais como a dos humanos. Alguns exemplos são a Raiva e a Leptospirose, ambas doenças que podem ser fatais tanto para humanos como para algumas espécies animais. Também alguns parasitas internos nos podem infestar por contacto com os nossos animais, como a Toxocara canis. Neste caso as crianças apresentam um maior risco de serem contaminadas, dado que normalmente apresentam meios de higiene mais delicados e podem ingerir mais facilmente ovos ou larvas deste tipo de parasitas.

Protocolos de Desparasitação

Os protocolos de desparasitação são muito diversos, mas no geral muito fáceis de aplicar, pois são realizados em ciclos não muito longos. Assim, em animais até aos 3 meses recomenda-se uma desparasitação interna quinzenal. Entre os 3 e os 6 meses deverá ser mensal. Logo depois, a partir dos 6 meses aconselha-se a desparasitação em ciclos de aproximadamente 4 meses. No entanto, é de salientar que, no caso de animais que convivam com crianças, estes ciclos devem ser encurtados, pelo que se devem desparasitar estes animais em intervalos de 2 meses.

Protocolos de Vacinação

Em seguida, apresentamos o protocolo vacinal recomendado pelo Hospital Veterinário do Atlântico:
– Nobivac DHPPi: contra Esgana, Hepatite Infecciosa, Parvovirose e Parainfluenza
– Nobivac L4: contra Leptospirose
– Nobivac Rabies: contra Raiva
– Letifend: contra Leishmaniose
– Virbac CRP: contra Calicivírus, Rinotraqueite e Panleucopénia
– Virbac Leucogen: contra Leucose Felina

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Esterilização/Castração

Vale a pena frisar também que a esterilização de cadelas e gatas e a castração de cães e gatos são formas de prevenção. A esterilização de animais de companhia ajuda não só no controlo do número de animais, como na prevenção de alguns problemas comportamentais e ainda na prevenção de inúmeros problemas de saúde:
– No caso das fêmeas a esterilização ajuda a prevenir os tumores de mama e infeções uterinas, doenças cada vez mais comuns em cadelas e gatas, dado a esperança média de vida dos nossos companheiros estar a aumentar.
– Em cães a castração previne o desenvolvimento de hiperplasia benigna da próstata e consequentes prostatites e quistos prostáticos. Nos gatos as principais vantagens são em termos do maneio comportamental, nomeadamente dos comportamentos sexuais como a marcação de território.

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