Intoxicação por chocolate…

Intoxicação por chocolate…

É muito importante ter cuidado com o acesso que os animais de estimação podem ter a chocolates. O chocolate é tóxico para eles, e nesta altura do ano, com os ovos e as amêndoas, o perigo redobra.

E porque é o chocolate tóxico para eles?

O chocolate é feito a partir de sementes de cacau que contêm quantidades variáveis de duas substâncias que são a cafeína e a teobromina. Ou seja, quanto mais cacau o chocolate em causa contiver, maior o perigo de intoxicação (o chocolate negro, ou de culinária são mais perigosos).

Quais os sinais que temos que estar alerta caso desconfie que tenha havido ingestão de chocolate por parte do seu animal de estimação?

O tipo de sintomas que podem apresentar é variável e dependente do estado fisiológico e metabólico de cada animal, bem como da dose ingerida. Entre os sintomas que pode observar no seu animal, destacam-se: vómitos, diarreia, hiperatividade, aumento da ingestão de água (polidipsia) e aumento da excreção de urina (poliúria); dilatação abdominal; aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia); aumento dos movimentos respiratórios (taquipneia).

O que deve fazer se o seu animal apresenta algum ou vários sintomas referidos?

Se desconfia que o seu animal ingeriu chocolate, contacte de imediato o seu médico veterinário pois, tal como várias outras patologias, o seu diagnóstico e adequado tratamento serão da inteira responsabilidade de um médico veterinário.
Os cães têm normalmente mais apetência pelo fruto proibido, mas também os gatos podem ser intoxicados com chocolate. Já vimos que a ingestão de chocolate pode colmatar num fim drástico para os nossos animais e para tal não acontecer, podemos oferecer variadíssimas “guloseimas” especialmente concebidos para lhes proporcionar momentos de prazer aliados à sua saúde e bem-estar.
Não facilite, guarde todo o chocolate em lugares fechados e de preferência elevados. Boa Páscoa!

Procedimentos anestésicos em animais geriátricos

Procedimentos anestésicos em animais geriátricos

“É seguro submeter um animal sénior a anestesia?”

É uma pergunta que nos é colocada frequentemente.

Diariamente a nossa equipa tenta combater os mitos se dizem por aí: “o animal já tem uma idade avançada para ser submetido a anestesia geral…” ou “o seu animal já foi submetido a uma anestesia geral, não aguentaria outra…”

O nosso objetivo é descredibilizar estes mitos! Os tutores cada vez mais se preocupam com o bem-estar animal e querem cada vez mais melhorar a qualidade de vida do seu animal de estimação…mas na hora de submeter o animal de companhia a uma anestesia geral, é uma situação que traz sempre muitos receios e fá-los balançar na decisão final: autorizar ou não autorizar?

Acreditamos que o primeiro passo é incutir a confiança do tutor na equipa hospitalar que cuida do seu animal de companhia!

O Hospital Veterinário do Atlântico

O nosso hospital dispõe de uma equipa multidisciplinar que tem conhecimentos exaustivos sobre anestesia e que cria protocolos anestésicos adequados a cada paciente. Para nós, cada animal é único!

A criação deste protocolo é baseada numa consulta pré-cirúrgica. Nesta consulta específica, o seu animal de estimação é avaliado fisicamente, e juntamente com o dono, é colhida a história dos antecedentes médicos/cirúrgicos do animal. Por fim, são realizados exames/análises pré-cirúrgicas.

É importante referir que os exames/ análises incluídas neste check-up pré-cirúrgico variam essencialmente consoante a idade do seu animal e o historial do seu animal. Quanto maior a idade, mais exames poderão ser necessários realizar para garantir a escolha correta do protocolo anestésicos a usar. Nada é feito ao acaso.

O protocolo anestésico propriamente dito é dividido em pré-medicação, anestesia de indução e anestesia de manutenção. E as drogas a usar variam consoante os achados na consulta pré-cirúrgica. Apesar de existirem sempre riscos associados à anestesia, o nosso objetivo é minimizarmos estes riscos ao máximo, em prol de uma anestesia mais segura.

Após a intervenção cirúrgica, o animal tem um período de recuperação da anestesia. Este período carece de uma especial atenção por parte da equipa médico-veterinária. Por este motivo, nenhum dos nossos pacientes sai das nossas instalações sem estar apto para tal. E se necessário, fica internado durante um período de tempo mais alargado sob vigilância.

Confiança!

Não vacile quando chegar o momento de decidir que o seu animal terá de ser submetido a anestesia geral para se realizar um procedimento cirúrgico que melhorará a qualidade de vida do seu membro de família de 4 patas.

Confie na experiência da nossa equipa!

Obesidade nos Animais de Estimação

Obesidade nos Animais de Estimação

Ajude o seu animal de companhia a perder peso de forma saudável

Estima-se que cerca de 50% dos cães e gatos adultos apresentem excesso de peso. A obesidade define-se como uma excessiva acumulação de gordura no corpo. Quando o peso corporal é superior a 15-20%, comparado com o peso normal, considera-se que o animal está obeso.

gato obeso em posição sentada limpando-se


Embora algumas raças de cães apresentem alguma predisposição para o excesso de peso, como por exemplo, o Labrador Retriever, o Cocker Spaniel e o Beagle (no caso dos gatos não existem ainda dados disponíveis no que refere a raças), outros fatores podem ser também responsáveis:
• Alimentação em excesso
• Alimentos com elevado nível de gordura
• Ausência de exercício físico
• Distúrbios hormonais

Perigos do excesso de peso

Os perigos do excesso de peso são muito graves e incluem:
• Problemas articulares,
• Diabetes Mellitus,
• Doenças cardíacas e pulmonares,
• Aumento do risco em caso de cirurgia.

Como saber se o cão/gato apresenta excesso de peso?

Enquanto ganhar apenas alguns quilos possa não ter muita diferença para os seres humanos, para um cão ou gato com um tamanho corporal comparativamente mais pequeno, apenas alguns quilos extra resultarão num elevado stress para as articulações e órgãos internos (principalmente o coração).
Se não consegue sentir as costelas do seu cão/gato, se a sua cintura não está evidente, se verifica que se desloca de forma lenta e se cansa rapidamente, ou ainda, se dorme muito, deverá contactar o Médico Veterinário para que rapidamente se inicie um programa de perda de peso.

 A obesidade deve ser encarada como uma doença?

Sim. A obesidade constitui um verdadeiro estado patológico na medida em que é responsável pela diminuição das capacidades físicas do animal e por doenças associadas. Para além disso, trata-se de uma situação não reversível de forma espontânea, uma vez que o animal, por si só, é incapaz de reduzir a ingestão alimentar. Por isso, é muito importante a sensibilização precoce dos donos de cães com excesso de peso ou obesos.

A utilização inadequada dos alimentos favorece a obesidade?

Sim. Os alimentos incorretamente utilizados como recompensa podem estimular alterações no comportamento alimentar do animal, de acordo com o esquema de reforço. Por exemplo: o cão ladra quando o telefone toca. O dono dá-lhe alimentos para que deixe de ladrar. Ao recompensar o comportamento indesejável, estará a incentivar o cão a ladrar de novo para obter outra recompensa alimentar. Deste modo, alguns donos chegam a administrar quantidades excessivas de alimentos, o que provoca a obesidade dos animais.
A obesidade é atualmente a doença nutricional mais frequente em cães e gatos. As suas consequências podem ser graves, e há também uma redução na esperança de vida do seu amigo!

Aconselhe-se junto do Médico Veterinário que ajudará o seu animal de estimação a perder peso de forma segura e eficaz, com um efeito duradouro!!

Dermatite Alérgica à Picada da Pulga (DAAP)

Dermatite Alérgica à Picada da Pulga (DAAP)

O que é?

A dermatite alérgica à picada da pulga é um dos problemas cutâneos mais comuns no cão e no gato. Define-se como uma hipersensibilidade (reação alérgica) aos componentes da saliva da pulga.
Apesar de existirem animais que toleram um número considerável de picadas de pulga por dia, cães e gatos que tenham predisposição para DAAP não toleram uma única picada sem que iniciem os sinais clínicos típicos do problema.

A DAAP tem maior incidência na altura da Primavera/Verão, contudo, pode ocorrer em qualquer altura do ano.
Como se sabe, a pulga é o ectoparasita (parasita externo) mais frequente no cão e no gato. No cão a pulga mais comum designa-se por Ctenocephalides canis e no gato Ctenocephalides felis. Estes ectoparasitas alimentam-se do sangue do seu hospedeiro, picando-o para o efeito.

Sinais Clínicos

– Prurido intenso (o cão tende a morder, coçar, esfregar-se no chão; o gato tende a lamber-se excessivamente ou arrancar os próprios pêlos);
– Perda de pêlo;
– Pele ruborizada (vermelha);
– Apresentação de crostas na região lombar e base da cauda;
– Piodermatite secundária.

Em situações crónicas podem surgir outros sinais clínicos:
– Inflamação crónica da pele;
– Falha de pelagem;
– Descamação da pele;
– Mudança de tonalidade da pele para tons mais escuros, sem que surja mais crescimento de pêlo na zona.

Como se diagnostica?

Através da observação das lesões e/ou observação de pulgas ou fezes de pulga. Contudo, o seu animal pode sofrer de outros processos alérgicos paralelos e o médico veterinário poderá necessitar de realizar outros exames complementares de diagnóstico para descartar doenças concomitantes.

Como se trata?

O objetivo principal do tratamento consiste em eliminar os sinais clínicos da DAAP no cão/gato, sendo o tratamento sintomático do seu animal prescrito pelo médico veterinário.
Outro objetivo, também muito importante, é reduzir ao máximo o número de picadas de pulga. Neste caso, o dono tem um papel muito importante na eliminação das pulgas quer no próprio animal, quer no meio envolvente.
Existem atualmente, produtos disponíveis no mercado bastante efetivos no controlo de pulgas.

Sabia que as pulgas presentes na pelagem do seu animal representam apenas cerca de 5% da infestação presente no meio ambiente que o rodeia?

Os restantes 95% consistem em ovos, larvas e pupas não visíveis a olho nu. Por esse motivo as infestações de pulgas podem-se tornar bastante difíceis de controlar. Quando tentar eliminar uma infestação de pulgas deverá focar-se não só no animal infestado, como no meio ambiente!

Assim sendo, deverá adotar medidas como:
– Aspirar todos os tapetes, carpetes, sofás, cortinas (tendo particular atenção aos locais mais frequentados pelo animal);
– Lavar mantas, camas, almofadas com água bem quente com detergente ou lixivia;
– Deverá ter atenção aos locais onde haja frechas ou ranhuras, rodapés, atrás do frigorífico, máquinas de lavar, ou outros locais que sejam de difícil acesso ao aspirador.

Como prevenir a DAAP?

Deverá fazer prevenção contra ectoparasitas no seu animal. Esta prevenção pode ser feita através de pipetas spot-on, comprimidos orais ou coleiras, que podem ter uma aplicação mensal, trimestral ou no caso específico das coleiras cada 6 a 8 meses.
Informe-se sobre que prevenção adotar com o seu médico veterinário.

Os passeios de Verão: benefícios e alertas

Os passeios de Verão: benefícios e alertas

Quem tem um amigo de quatro patas sabe que passear com ele é muito mais do que levá-lo a fazer as necessidades básicas. Existem várias vantagens associadas aos passeios diários de rotina que beneficiam não só o animal como também você e a sua família. Vamos conhecê-los?

Benefícios dos passeios

– o cão faz as necessidades na rua e a sua casa permanece limpa e livre de odores;
– o animal mantém a forma física e exercita as articulações, evitando a obesidade;
– várias saídas ao dia reforça a atividade mental e emocional, o que fortalece os laços entre vocês;
– exercita o olfato, que apesar de ser o sentido mais agudo dos cães pode ficar atrofiado;
– potencia a socialização com outros animais e humanos mitigando a agressividade e depressão;
– promove o conhecimento da envolvente em seu redor (ruídos e odores), deixando-o mais familiarizado e tranquilo.

Apesar dos reconhecidos benefícios associados a dar uns bons passeios com o seu animal há algumas questões que deve ter em conta para assegurar que corre tudo bem para si e para ele.

Problemas mais frequentes associados aos passeios

– Cortes e/ou lacerações;
– Penetração de corpos estranhos (espinhos e praganas);
– Ingestão de corpos estranhos, tóxicos ou alimentos indevidos;
– Contato com agentes urticantes (plantas e sapos);
– Infestação por parasitas internos;
– Infestação por parasitas externos (pulgas, carraças e piolhos);
– Picadas de agentes potencialmente vetores de doenças (mosquitos),
– Golpes de calor.

Sugestões para minimizar os problemas

– Após o passeio verifique se o animal tem algum tipo de corte ou laceração, principalmente nas zonas das patas, focinho e barriga;
– Nas mesmas zonas, verifique também a possível adesão ou penetração de corpos estranhos (particularmente em animais de pelo comprido). Tenha ainda particular atenção aos ouvidos;
– Passeie o animal sempre à trela e, se necessário, utilize o açaime para evitar ingestão indevida de qualquer agente que possa provocar danos;
– Se o animal mostrar comichão e vermelhidão em alguma zona pode ser sinal que contatou com algum agente urticante e deve visitar de imediato o seu médico-veterinário;
– Mantenha sempre o esquema de desparasitação interna atualizado (contra as nematodes, cestodes, entre outros), no Verão e no Inverno, seguindo as instruções recomendadas pelo médico-veterinário. O Hospital Veterinário do Atlântico recomenda a desparasitação interna de animais adultos saudáveis pelo menos de 3 em 3 meses;
– Esta informação é igualmente válida para a desparasitação externa. Hoje em dias existem vários produtos disponíveis entre as quais pipetas, comprimidos e coleiras. Contudo, escolha um desparasitante externo que tenha ação repelente aos mosquitos e considere seriamente vacinar o seu animal contra a leishmaniose;
– Faça pausas frequentes e leve sempre água para o animal beber (adquira um bebedouro portátil e tenha-o sempre à mão). Evite as horas de maior calor!

Assegure estes cuidados e desfrute da companhia do seu animal em belos e seguros passeios de Verão.

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