Tenho um animal geriátrico e agora?!

Tenho um animal geriátrico e agora?!

Uma das questões que mais nos colocam em medicina veterinária refere-se à idade dos nossos amigos de quatro patas e a que idade “humana” equivale.

Na verdade, a forma mais correta de responder a esta questão é sabendo a esperança média de vida dos nossos companheiros e em última análise fazer um paralelismo com o que isso representaria num humano.

No caso dos cães, o facto de termos animais com menos de 1kg (em adulto) e outros que ultrapassam com facilidade os 80kg, faz com que a esperança média de vida tenha tendência a divergir nesta espécie. Em cães de porte/raças gigantes como os Dogue Alemão a esperança média de vida encontra-se entre os 8 e os 10 anos. Já em cães de porte/raças miniatura, como os Chihuahua, este valor fica compreendido entre os 12 e os 18 anos.

No caso dos gatos, dada a menor variabilidade dentro da espécie, o intervalo é menor, situando-se entre os 12 e os 18 anos.

Em relação aos animais de idade mais avançada ouvimos com frequência “O meu cão/gato está menos ativo, deve estar a ficar velhote!”

Para o próximo exercício vamos assumir que os cães e gatos são considerados sénior a partir dos 8 anos. Como referimos anteriormente existe uma diferença significativa entre animais, mas vamos tentar generalizar.

Da próxima vez que o vosso companheiro(a) se recusar a subir ou descer escadas, ou para o carro, ou não quiser correr atrás de uma bola, em vez de assumirmos que está apenas mais velho e que já não tem vontade de fazer coisas que sempre adorou, é importante pensar e descartar junto do seu Médico Veterinário as possíveis causas para esta alteração de comportamento.

Efetivamente, à medida que a idade avança, aumenta a probabilidade de aparecerem alguns problemas de saúde, tal como nos humanos. E tal como nós não nos estamos sempre a queixar que nos dói um joelho ou uma anca, ou que estamos estranhamento mais cansados, também os nossos amigos de quatro patas não expressam necessariamente sinais de dor ou desconforto evidentes.

No caso dos cães, problemas como a osteoartrite tendem a instalar-se de forma insidiosa. Primeiro podem deixar apenas de querer correr, fazendo a restante vida normal. Isto pode evoluir para que deixem de se apoiar nos membros posteriores para nos “abraçarem” como fizeram toda a vida. E mais tarde poderão começar a ter dificuldades em levantar-se após períodos de descanso. Isto pode acontecer apenas pela dor associada à osteoartrite e o vosso companheiro(a) pode nunca soltar um gemido de dor. A verdade é que depois de se iniciar analgesia adequada a vitalidade que tinha perdido por “estar idoso” volta a surgir, contribuindo para uma muito maior qualidade de vida.

Também no caso dos gatos há casos de osteoartrite, contudo como são animais tendencialmente bem mais leves a dor tende a ser mais moderada e nós temos mais dificuldade em percecionar tais alterações.

Ainda em relação à atividade física dos nossos patudos, não só a dor osteoarticular tende a interferir, tal como nos humanos, doenças cardíacas tendem a aparecer ou a agravar com a idade. Se for o caso, iniciar terapêutica adequada pode não só aumentar a esperança média de vida dos patudos, como devolver-lhes a qualidade de vida que merecem.

Há outros problemas cuja prevalência tem vindo a aumentar, nomeadamente o desenvolvimento de doença renal crónica (cães e gatos) e problemas endócrinos como hipotiroidismo (cães) e hipertiroidismo (gatos).

Por último, o facto de a esperança média de vida de cães e gatos vir a aumentar, muito em consequência do cuidado das suas famílias e de um avanço significativo em medicina veterinária nos últimos anos, tem levado a que a prevalência de problemas neoplásicos/tumorais venha a acompanhar esse aumento.

Para isso, o Anicura Atlântico Hospital Veterinário está sempre ao vosso dispor para a vos ajudar na prevenção ou no diagnóstico precoce destas alterações, melhorando de forma significativa o prognóstico dos patudos.

Porque envelhecer a perseguir bolas, a correr e a saltar, é muito melhor! No Anicura Anicura Atlântico Hospital Veterinário temos vários serviços a pensar nos animais mais velhotes de forma a prevenir e diagnosticar de forma precoce algumas patologias associadas ao avançar da idade, nomeadamente:

Checkup Geriátrico Médico Cão Premium

Checkup Geriátrico Médico Gato Premium

Checkup Geriátrico Médico Cão

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Pack Geriátrico Cirúrgico Cão e Gato

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Para agendamento ou mais informações, não hesite em contatar-nos – 261810060

O HVA no projeto Think 4 Jobs

O HVA no projeto Think 4 Jobs

O Hospital Veterinário do Atlântico orgulha-se de fazer parte do projeto Think 4 Jobs, que está sediado na Grécia e reúne 5 países europeus, com o objetivo de aproximar as exigências académicas à realidade do mercado de trabalho, em diferente áreas.

Em Portugal, o HVA e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Évora são as instituições parceiras nesta iniciativa. Mantendo o foco no desenvolvimento do pensamento crítico, esta cooperação tem permitido reconhecer e desenvolver as capacidades mais adequadas e valorizadas na atividade veterinária.

Temos muito gosto nesta aprendizagem em conjunto e em contribuir para formar profissionais de excelência! Saiba mais sobre o projeto Think 4 Jobs aqui: https://think4jobs.uowm.gr/

Cancro da mama – prevenção e deteção precoce

Cancro da mama – prevenção e deteção precoce

Sabia que as cadelas e as gatas também podem sofrer de cancro da mama? Os números são preocupantes – este é o tipo de cancro mais comum nas cadelas e o terceiro mais comum nas gatas. Saiba como prevenir esta doença e aprenda a fazer o exame caseiro que lhe permitirá detetá-la atempadamente:

Como pode examinar o corpo do seu animal para detetar problemas atempadamente?

Nas consultas de rotina que acontecem pelo menos duas vezes por ano, o médico veterinário faz um exame físico exaustivo. Mas os cancros podem surgir a qualquer momento, por isso recomendamos que faça um check-up caseiro mensal ao seu animal de companhia. Este exame consiste numa inspeção corporal completa, da ponta do focinho à ponta da cauda, e até às pontas dos dedos! Deve fazê-lo pelo menos uma vez por mês.

Além de inspecionar visualmente os olhos, os ouvidos, a boca, a pele e o pêlo, palpe o corpo todo também! Esta é a melhor forma de detetar problemas discretos, antes de se tornarem óbvios à vista. Reserve alguns minutos e realize este exame tranquilamente, num ambiente calmo. O animal deve estar descontraído para permitir ser manipulado de forma exaustiva. Se o seu animal não estiver habituado a festas, associe este exame a coisas positivas como brincadeiras. Recompense-o com um biscoito ou outro prémio apropriado para conquistar progressivamente a sua colaboração. Habitue o seu animal a esta rotina e familiarize-se de modo a detetar mais facilmente qualquer alteração à normalidade. Registe qualquer nódulo, inchaço, ferida ou ponto doloroso para posteriormente indicar ao seu veterinário.

Passe as mãos suavemente pela superfície do corpo, com uma mão de cada lado para poder perceber assimetrias. Percorra todo o corpo de forma sistemática. Com o animal em estação (parado, de pé nas quatro patas), comece na cabeça, continue ao longo do pescoço e siga para o dorso até à cauda. Depois recomece na base do pescoço, passe pelas axilas, os flancos e as virilhas. Seguidamente palpe os membros aos pares, primeiro os anteriores e depois os posteriores.

Com o animal relaxado, deve ainda palpar o ventre de forma suave. Nas fêmeas, sejam cadelas ou gatas, como o risco de cancro da mama é acrescido, preste especial atenção à palpação desta região, pois é aqui que se encontram as glândulas mamárias. Nas gatas existem quatro pares e nas cadelas são cinco, dispostos em duas cadeias paralelas desde as axilas até às virilhas. O mamilo situa-se no centro de cada glândula mamária e serve de referência para a sua localização, já que nas fêmeas que nunca tiveram ninhadas as glândulas mamárias são pouco desenvolvidas e difíceis de sentir. Os nódulos mamários podem medir desde alguns milímetros até vários centímetros e podem ter consistência e formato variáveis.

E se detetar um nódulo?

Alguns nódulos mamários podem ser benignos, mas a probabilidade de serem malignos é de 50% nas cadelas e de 80 a 90% nas gatas. Por isso  se detetar algum nódulo deve contatar o seu veterinário com brevidade, para que possa aconselhar-se e atuar rapidamente.

O que fazer para minimizar o risco de cancro da mama na sua cadela ou gata?

Esterilize-a! A ação mais importante para prevenir o cancro da mama nas cadelas e nas gatas é a esterilização antes do primeiro cio. A esterilização antes dos seis meses diminui o risco de surgimento deste cancro em 91% nas gatas e em mais de 95% nas cadelas. Este efeito preventivo vai diminuindo a cada cio, mas mesmo que tenha adotado uma fêmea já adulta, compensa esterilizá-la pois até nas fêmeas esterilizadas de forma tardia a probabilidade de desenvolvimento de cancro da mama é inferior à das fêmeas férteis, tendo ainda a vantagem de eliminar completamente o risco de cancro dos ovários e de infeções do útero (piómetra).

Outros fatores de risco para o cancro da mama

A obesidade tem um impacto grande na saúde global e apesar de não estar direitamente relacionada com o cancro da mama, é um fator crítico na imunidade e no surgimento de doenças. Para controlar o peso e prevenir a obesidade são necessários uma alimentação equilibrada e exercício regular.

Independentemente da idade a que a fêmea for esterilizada e da sua condição corporal, deve fazer a palpação mensal em casa e contatar o seu veterinário se detetar alguma alteração.

Alterações do comportamento nos animais idosos

Alterações do comportamento nos animais idosos

Conheça os sinais de alerta para doenças ocultas

É comum observar alterações no comportamento dos animais idosos, tal como acontece nas pessoas. É fácil desvalorizar estas alterações e atribuí-las simplesmente ao envelhecimento cerebral. No entanto, é importante perceber a diferença entre o envelhecimento normal e outras alterações que podem indicar problemas de saúde.

As mudanças súbitas no comportamento e os sinais de desconforto óbvio são facilmente reconhecidos. Mas existem outras mudanças que se desenvolvem de forma lenta e progressiva e que geralmente servem como sinais de alerta para a deteção precoce de doenças ocultas. 

Causas de alterações de comportamento em animais idosos 

Os problemas de comportamento podem ser causados por alterações na rotina do animal, por doenças, senilidade ou disfunção cognitiva, como nas pessoas idosas. Qualquer alteração no estilo de vida pode ser stressante para um animal, independentemente da idade.

À medida que os animais envelhecem, vão perdendo a capacidade de adaptação às mudanças no seu ambiente. Por vezes, alterações como o nascimento de um bebé, a adoção de um novo animal ou a ausência dum membro da família podem perturbar essa capacidade de adaptação e induzir alterações no comportamento dos animais.

Os problemas médicos e degenerativos que afetem os principais sistemas orgânicos também podem provocar alterações no comportamento dos animais de muitas formas. Com o avançar da idade, a audição e a visão vão-se deteriorando. Isto dificulta a compreensão do meio envolvente e pode influenciar a capacidade de reação dos animais, que tendem a tornar-se medrosos ou deprimidos.

Por outro lado, os animais, tal como as pessoas, desenvolvem artroses. As artroses dificultam o movimento e podem causar grande desconforto e irritabilidade. As manifestações mais frequentes deste problema são a diminuição da atividade física e a intolerância ao contato físico.

Os animais podem deixar de querer brincar como antes, recusar os passeios ou furtar-se às festinhas que antes adoravam. Doenças do fígado, dos rins, e doenças hormonais (como diabetes, hipertiroidismo e hiperadrenocorticismo) influenciam diretamente o comportamento e a personalidade dos animais.

O cérebro dos animais também sofre alterações com o envelhecimento. Os processos degenerativos cerebrais têm impacto na personalidade, na memória, no comportamento e na capacidade de aprendizagem. Os animais idosos podem exibir diferentes graus de disfunção cognitiva, desde alterações subtis apenas detetáveis pela sua família, até senilidade severa. 

 Sinais de alerta nos animais idosos 

O principal ponto a reter é que as alterações no comportamento podem ser um indicador precoce de que o seu animal pode ter dores, pode estar doente ou ter um processo degenerativo.

Sempre que detetar uma alteração de comportamento, deve discuti-la com o seu veterinário, que poderá ajudar a compreender o significado dessa alteração e investigar as possíveis causas. Adicionalmente, devemos estar sempre atentos ao aparecimento dos principais sinais indicadores de doença nos animais, particularmente nos mais idosos:

  • aumento da sede e/ou da produção de urina
  • incontinência urinária ou fecal
  • urgência ou esforço na micção ou defecação
  • vómito ou diarreia frequentes
  • pele seca, seborreia, falhas de pêlo ou comichão
  • nódulos na pele ou palpáveis debaixo da pele
  • feridas que não cicatrizam
  • tremores da cabeça ou das patas
  • mau hálito
  • olhos secos, avermelhados ou nublados
  • perda de entusiasmo nas atividades diárias
  • tosse, arfar excessivamente, respiração ruidosa ou esforçada
  • rigidez ou dificuldades no movimento
  • alterações de peso (obesidade ou magreza)
  • desorientação, agressividade ou apatia

Determinar a causa das alterações do comportamento 

Se o seu animal demonstra alterações comportamentais relacionadas com o envelhecimento, o seu veterinário irá investigar essas alterações, recolhendo todas as informações relevantes que lhe puder facultar para fazer a sua história clínica e fazendo um exame físico profundo. Além disso, pode ser recomendável realizar um check-up para detetar doenças orgânicas ou outras patologias relacionadas com o envelhecimento.

O check-up pode incluir os seguintes exames:

  • análises bioquímicas sanguíneas: para avaliar a função do fígado, rins, pâncreas e nível de açúcar no sangue (glicémia);
  • hemograma: para avaliar as células do sangue e detetar anemias, inflamação, infeção e distúrbios imunitários;
  • testes de anticorpos sanguíneos: para detetar exposição a doenças transmitidas por carraças (febres da carraça) e mosquitos (leishmaniose e dirofilariose), ou outras doenças infecciosas (como os vírus da imunodeficiência felina, da leucose felina e da peritonite infecciosa felina, entre outros) ;
  • análises de urina: para detetar infeções urinárias, cristais e cálculos urinários e para avaliar a capacidade de filtração e concentração de urina pelos rins;
  • doseamento da hormona tiróide: para perceber se a tiróide produz hormona em quantidade insuficiente (no caso dos cães) ou excessiva (no caso dos gatos);
  • eletrocardiograma: para detetar arritmias ou outras alterações indicativas de doenças cardíacas;
  • medição da pressão arterial: geralmente para detetar aumento da pressão arterial (vulgarmente denominado hipertensão), que ocorre em várias doenças comuns nos animais idosos. 

Prevenir os problemas de comportamento nos animais idosos 

Muitos dos problemas de comportamento dos nossos companheiros mais velhos podem ser resolvidos ou controlados e minimizados.

A vigilância atenta e a deteção precoce das causas dessas alterações de comportamento são fundamentais para prevenir problemas mais sérios. Com o auxílio de medicamentos, suplementos e dietas especiais, podemos tratar ou atrasar drasticamente a progressão de muitos problemas de saúde e ajudar os nossos amigos de quatro patas a viver melhor, mais felizes e durante mais tempo! 

Se a leitura deste texto lhe levantou questões ou ajudou a identificar um potencial problema, não hesite em contactar-nos. Estamos ao seu dispor para assegurar o bem-estar do seu animal!    

(adaptado de pethealthnetwork.com)

Os parasitas dos animais – prevenir em vez de tratar

Os parasitas dos animais – prevenir em vez de tratar

Os parasitas são organismos que sobrevivem em associação com outros, dos quais retiram recursos para a sua sobrevivência, normalmente, prejudicando o organismo hospedeiro. Podem ser classificados como endoparasitas ou parasitas internos (lombrigas, ténias) e em ectoparasitas ou parasitas externos (carraças, pulgas, piolhos, ácaros).

As zoonoses são doenças que afetam os animais e que podem ser transmissíveis ao Homem e os parasitas são ótimos exemplos destas doenças. Portanto, desparasitar os animais de estimação torna-se uma necessidade fundamental de saúde pública e uma boa prática médico-veterinária, não só por questões de saúde e bem estar animal, como do próprio agregado familiar em que estão inseridos e de todo o seu meio envolvente.

A melhor forma de evitar que o seu animal tenha parasitas é prevenindo.

Utilize desparasitante adequado e intervalos de administração corretos. O desparasitante que deve utilizar e a frequência da desparasitação depende da espécie animal, do grau de parasitismo, da idade e da condição do animal, por isso aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre a melhor forma de prevenir as infestações por parasitas.

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